A ocupação de três escolas estaduais, em Goiás, não passa de mera macaqueação da estratégia de manifestações estudantis que foi desenvolvida em São Paulo na questão da redefinição da rede paulista de educação – que separava os ciclos de ensino em prédios escolares e foi contestada porque, em alguns casos, aumentava a distância a ser percorrida pelos alunos das suas casas até a unidade de ensino para onde foram redirecionados.
Em Goiás, não há nada parecido. Os parcos alunos e professores que ocuparam as três escolas estaduais, uma das quais desativada há um ano, aparentemente “protestam” contra a adoção do modelo de gestão da rede estadual através da organizações sociais – um avanço que está atraindo a atenção de todo o país.
Os “ocupantes” não conseguiram, ainda, apresentar argumentos contra a adoção das OSs e se limitam a se declarar contra o projeto.
As organizações sociais já se mostraram bem sucedidas – e muito – ao assumir a gestão dos hospitais do Estado. É em razão dessa experiência que o governador Marconi Perillo quer estender o modelo para a rede estadual de ensino, sem qualquer ameaça aos direitos dos professores e com garantia de qualificação para o processo pedagógico.