Depois de regressar de Paris, para onde foi por conta do Congresso Nacional para participar da COP 21, a conferência do clima, o deputado federal Daniel Vilela se surpreendeu com a deflagração do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Ainda viajando, ele autorizou o então líder do PMDB na Câmara Federal, o garotão Leonardo Picciani, a incluir o seu nome como membro da tropa de choque que iria defender Dilma dentro da Comissão Especial do Impeachment.
Mas não só a indicação deu para trás, com a vitória em plenário da chapa oposicionista para a Comissão, como Picciani acabou sendo derrubado da liderança do PMDB.
Tudo indica que Daniel Vilela andou pensando melhor. Declaradamente contra o impeachment, ele mudou o discurso. À coluna Giro, em O Popular, o filho de Maguito Vilela diz neste domingo que “não sou contra nem a favor” da deposição da presidente. Danielzim enrola e diz é preciso ver, primeiro, como será o andamento do impeachment. E sugere que, com Michel Temer na Presidência da República, sua vida pode até “melhorar”. Veja a declaração: “Para mim seria até melhor Temer presidente, mas é preciso haver racionalidade no Congresso para esse debate. Existe é um julgamento sobre as condições do governo de Dilma continuar que, ao meu ver, são cada vez menores porque não consegue reagir às crises política e econômica. Só depois do recesso, em fevereiro, é que vamos saber se o processo de impeachment vai tramitar. Até lá não é possível antecipar julgamentos”.
Subiu no muro. É o primeiro passo para mudar de posição.