Caiu por terra o movimento de união do PMDB. A notícia que movimenta os bastidores da política de Goiás na tarde desta terça-feira é a de que o ex-governador Iris Rezende (PMDB) recusou a presidência do diretório estadual do partido para si mesmo e disse que, para ele, só interessa indicar a esposa e ex-deputada dona Iris ou o ex-prefeito de Bom Jardim Nailton de Oliveira para função.
A intransigência de Iris coloca um ponto final no esforço para encerrar a guerra entre aliados do velho cacique e do também ex-governador Maguito Vilela pelo comando do PMDB. A proposta era ungir Iris para presidência com o deputado federal Daniel Vilela, filho de Maguito, na vice. Como será candidato a prefeito de Goiânia, Iris teria de se afastar no ano que vem, abrindo espaço para o maguitismo reinar no PMDB.
A guerra já se arrasta há meses e causou, inclusive, a suspensão da eleição que escolheria o novo presidente da legenda, no dia 24 de outubro do ano passado. Semanas depois, o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, escolheu o deputado federal Pedro Chaves como presidente provisório com a missão de pacificar o partido até março deste ano. Ficou claro, agora, que a pacificação não rolou.
Em março expira o mandato tampão de Pedro Chaves. Com ou sem consenso, o PMDB deve eleger até lá uma nova executiva. A pergunta que fica no ar é: Iris Rezende topará ser candidato a prefeito de Goiânia se for derrotado pelos seus próprios companheiros?