segunda-feira , 25 novembro 2024
Goiás

Professores debatem questão das OSs e dizem que “a esquerda é contra na tentativa de manter seus nichos de poder”. Ou seja: “no fundo, impedir qualquer mudança”

Em perfis no Facebook, dois sociólogos – os professores Fábio Coimbra e Paulino Bittencourt – apresentam opiniões da maior significância sobre o debate a propósito da introdução das organizações sociais na gestão das escolas estaduais.

O alvo dos dois é o também professor e geógrafo Tadeu Arrais, um das vozes mais radicais contra a OSs, tendo, inclusive, defendido com ênfase as agressões e a expulsão da secretária de Educação, Raquel Teixeira, do debate sobre as OSs realizado em uma universidade local.

“Tadeu Arrais é, possivelmente, apenas mais um esquerdista que é contrário a qualquer mudança nos nichos controlados pelos grupos corporativos. Não quer debater a sério coisa alguma. Se quisesse, teria começado por condenar, com veemência, a agressão sofrida pela secretária da Educação, sra. Raquel Teixeira. Mas não o faz. Sua condenação, se é uma condenação, é suave, quase um perdão aos supostos jovens idealistas. Sabe por quê? Porque quer ficar bem com os estudantes e com os colegas que expulsaram a professora. O sr. Tadeu Arrais é, como típico esquerdista, adepto das discussões intermináveis. Porque as discussões, no fundo, têm um objetivo: impedir qualquer mudança”, escreve Fábio Coimbra.

Fábio Coimbra acrescenta: “Na verdade, Tadeu Arrais não quer melhorar a escola pública coisa alguma. Nem quer discutir a sério a questão. Veja que não comenta, nem de passagem, as escolas que são dirigidas por militares. As escolas são o objeto de desejo de todos os municípios goianos — salvo engano, 240. Ou pouco mais. Por que funcionam? Porque há disciplina, há aulas todos os dias, os currículos são cumpridos e não se fica discutindo o sexo dos anjos, como mudanças estruturais, que nunca chegam, nem vão chegar”.

Já Paulino Bittencourt é mais enfático: “Por trás do discurso supostamente técnico do sr. Tadeu Arrais, como o custo de cada aluno e a possibilidade de lucro, há a velha e decantada ideologia da esquerda. A esquerda não quer as organizações sociais na Educação, em Goiás e em qualquer outro lugar, porque teme perder, como diria o francês Louis Althusser, de triste memória, o controle de “seu” tradicional “aparelho ideológico”. Noutras palavras, a esquerda não quer melhorar a educação coisa alguma. Quer, isto sim, manter o controle das escolas e de seus fundos financeiros. É um controle ideológico que, nas eleições, se transforma em controle político partidário”.

O jornalista Gilberto Marinho também entrou na discussão. Veja o que ele disse: “Essa reação toda às OS tem dois motivos principais: o primeiro, é o medo de o modelo atual ser comparado com o melhor desempenho que as OS, a exemplo das escolas militares, sem dúvida apresentarão; o segundo, é usar essa oportunidade para desviar a atenção da opinião pública dos ‘escandalosos escândalos’ de corrupção nunca antes vistos na história deste País. Por falar nisto, ao dizer que ninguém é mais honesto que ele, o grande líder desse pessoal fez o que a esquerda sabe fazer de melhor: nivelar tudo por baixo”.

Tadeu Arrais não respondeu a nenhum dos três.

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