O afamado comentarista político Afonso Lopes é mais um analista a não enxergar a eleição do deputado federal Daniel Vilela para a presidência estadual do PMDB qualquer indício de renovação do partido.
“A eleição de Daniel está longe de representar uma renovação nas relações internas do PMDB estadual. Ao contrário, o método, inclusive esse que resultou em vitória, é exatamente o mesmo adotado ‘ad aeternum’ pelo próprio Iris Rezende. O comando mudou de mãos sem que isso tenha representado alguma forma de oxigenação interna”, afirma Afonso Lopes, em avaliação publicada pelo Jornal Opção.
Para o jornalista, é fácil constatar que não há renovação alguma: “Basta observar a relação de candidaturas do PMDB ao governo do Estado nos últimos 22 anos para perceber que trocar iristas por maguitistas por si só não oxigena as ações internas. Só houve espaço para Iris Rezende e Maguito Vilela na disputa pelo governo. Daniel é filho de Maguito, e nada mais é, politicamente, do que o prosseguimento dessa importante linhagem política. E sua vitória agora abre, sem dúvidas, a possibilidade de ele próprio vir a ser o candidato do partido em 2018. Ou ele, ou o pai dele”.