A indicação do tenente-coronel Ricardo Rocha para o comando do policiamento da capital é, de longe, a principal mudança introduzida pelo vice-governador José Eliton ao assumir a Secretaria da Segurança Pública e sinaliza o início de uma era de combate duro ao crime na região metropolitana de Goiânia.
Ricardo Rocha é um oficial da PM acostumado a embates diretos com bandidos – ou, em linguagem, direta a trocar tiros e matar marginais. O estilo dele é objetivo: em vez de simplesmente mandar policiais para cumprir as missões de confronto com criminosos, Ricardo Rocha faz questão de liderar pessoalmente as equipes e vai à frente dos seus subordinados para o choque armado, quando necessário.
Em função desse comportamento, chegou a responder a 7 processos, alguns por morte de bandidos, mas até agora saiu ileso, isto é, sem condenação, tendo inclusive respondido a três julgamentos no Tribunal Júri e sendo declarado inocente.
Timidamente, em reportagem de O Popular neste sábado, o Ministério Público Estadual, sem identificação de fonte, manifesta preocupação com a escolha de Ricardo Rocha – mas o fato é que vivemos em um Estado de Direito e ele, embora ainda responda a processos, não tem nenhuma condenação e não pode ser ter nenhuma presunção de culpa.
Diante da situação a que chegou a violência em Goiânia, não há dúvidas de que o militar é a solução ideal para chefiar as operações de enfrentamento com a marginalidade.