Nota na bem informada coluna Bastidores, no Jornal Opção desta semana, diz que é conflituoso o relacionamento da secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, com os seus colegas Thiago Peixoto, secretário de Desenvolvimento, e João Furtado, secretário da Casa Civil.
Segundo o Jornal Opção, o motivo do desentendimento seria a questão dos incentivos fiscais – cuja manutenção, corte ou extinção transformaram-se em polêmica dentro do governo do Estado desde a posse de Ana Carla na Sefaz, em janeiro de 2011.
Consta que, ao representar o governador Marconi Perillo em uma reunião ministerial em Brasília para definir a questão do alongamento e do desconto para as dívidas do Estado, Ana Carla teria feito uma veemente defesa da extinção cabal e definitiva dos incentivos fiscais, como forma de compensação para o alívio que o governo federal estava concedendo aos Estados com a redução nos pagamentos da dívida.
Pilar da estratégia de desenvolvimento industrial de Goiás há quase 40 anos, os incentivos fiscais – na visão da equipe que hoje comanda a Sefaz – seriam responsáveis pelas dificuldades de caixa do Estado, ao reduzir a arrecadação tributária. Já os seus defensores garantem que não há que se falar em prejuízos à arrecadação, uma vez que, sem os incentivos, a maioria das empresas instaladas no Estado teriam se dirigido para a região sul-sudeste do país, onde as vantagens logísticas e competitivas são muito maiores: não há que se falar, assim, que impostos que simplesmente não existiriam estariam fazendo falta.