O jogo da deputada federal Flávia Morais, do PDT, de se manter escondida para não definir publicamente de que lado fica no impeachment da presidente Dilma, está perto do fim.
A deputada forma com o marido, George Morais, ex-prefeito de Trindade por dois mandatos e uma vez deputado estadual, uma dupla de difícil trato na política. São considerados vorazes e não tomam decisões baseadas em ideias ou em qualquer outro critério que não seja a apreciação de milhões de motivos para se posicionar em uma questão política de importância.
Na coluna Giro, neste sábado, o jornalista Jarbas Rodrigues dá como certo que Flávia Morais votará contra o impeachment. Isso significa que o feirão do Palácio do Planalto está funcionando e arrebanhando apoio junto ao baixíssimo clero da Câmara Federal. Os milhões de motivos já foram apresentados.
Mas o preço que Flávia Morais vai pagar é alto. Goiás é um dos Estados mais anti-PT do país. Trindade fica na região metropolitana de Goiânia e é fortemente influenciada pelas correntes de opinião da capital, majoritariamente a favor do impeachment, como se viu em pesquisas e no tamanho das manifestações que aconteceram aqui contra a presidente. A candidatura de Flávia Morais a prefeita de Trindade, que vinha caminhando bem, deve sofrer um revés – e ela não terá condições de fazer campanha cobrada o tempo todo pelo seu voto no impeachment. E, se Dilma cair, será pior ainda para a deputada.