Indignado com a decisão do deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, de votar a favor do impeachment da presidente Dilma, depois de tudo o que o governo federal fez para apoiar a gestão do prefeito Maguito Vilela em Aparecida, o repórter Hamilton Prateado resolveu desabafar em artigo no Diário da Manhã, nesta terça.
Hemilton Prateado se irritou ao ver Daniel Vilela justificar a definição pelo impeachment sob a alegação de que “as denúncias de irregularidades se avolumam a cada dia” e que “esse governo perdeu a capacidade de enfrentar os desafios sociais e econômicos do país”. O peemedebista disse também que o PT e o governo Dilma “perderam também as condições éticas para comandar o país”.
Segundo o jornalista, Daniel Vilela, “presidente do PMDB, que foi vereador em Goiânia e deputado estadual, filho do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Viela, só subiu na vida política usando a herança genética. Eleito à sombra do pai em tudo o que fez, confirmando mais uma vez que a familiocracia na política é uma das mais nefastas práticas, porque carrega a maldição de destruir reputações de estadistas e comprovar, em outros casos, que quem sai aos seus não degenera. Assim ele se apresenta: prega a moralidade e vive acompanhado de quem não se envergonha em fazer uso indevido do dinheiro público para fins pessoais e escusos”, escreve.
Helmiton Prateado acrescenta: “Vamos lá, deputado Daniel Viela, sente-se e afrouxe a gravata que eu vou lhe ajudar a buscar na memória alguns fatos que você providencialmente faz questão de esquecer para pregar o golpe na presidenta Dilma. Deixe perto um Isordil, para o caso da sua pressão subir muito e ameaçar um infarto. Será que você já se esqueceu da Astro Gráfica, que virou Grafopel? Pois então eu vou lhe dizer: irregularidade é forjar um empréstimo milionário no Banco do Estado de Goiás (BEG) para uma empresa minúscula, contrariando orientação ao comitê de crédito do banco e desviar o dinheiro para eleger o candidato do PMDB ao governo de Goiás. Sabe quem era o candidato beneficiado pela fraude? Sabe não, carudo? Seu pai, Maguito Vilela. E agora você ousa vir falar de decência? Começou a suar frio, deputado?”, ataca o jornalista.
Ele arremata: “Será que você já ouviu falar do escândalo Caixego, em que R$ 5 milhões foram desviados para uma campanha eleitoral fracassada em 1998? Sabe quem foi o beneficiário da tunga? Aquele que vocês gostam de reverenciar como sendo ‘o maior líder político de Goiás’, Iris Rezende. Quem teve a prisão decretada durante as investigações foi o suplente de senador pelo PMDB, Otoniel Machado, irmão de seu líder máximo”.
No final, Helmiton Prateado conclui com um conselho a Daniel Vilela: “Faça uma profunda reflexão sobre sua forma de fazer política. Aprenda a fazer uma autocrítica para dosar suas ações no espectro político e não cometer insanos atos de ingratidão como esse de ser oportunamente favorável ao golpe e de avocar para si a pose de moralista, sendo do PMDB e ainda arrotando as sobras da corrupção em que vocês se refestelam com desenvoltura ímpar”.
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