Em nota na sua coluna Café da Manhã, na edição desta segunda do Diário da Manhã, Ulisses Aesse afirma que o prefeito João Gomes, de Anápolis, sempre foi considerado “ótimo gestor” e acrescenta que ele só perdeu a reeleição por causa da onda de antipetismo que domina o Brasil.
Mais ousado ainda: Aesse conclui que, caso não estivesse no PT, João Gomes com certeza teria sido reeleito.
Mas… não é bem assim.
Veja bem, leitor amigo: João Gomes nunca foi considerado “ótimo gestor” coisíssima nenhuma. Tanto que suas avaliações, em pesquisas séries como as do instituto Serpes, em O Popular, nunca ultrapassaram a casa dos 25% – índice sabidamente insuficiente para sustentar a reeleição de qualquer governante.
João Gomes, no medíocre mandato tampão que assumiu após a renúncia de Antonio Gomide (para disputar o Governo, em 2014), também não teve nenhuma obra ou programa de importância para mostrar aos anapolinos, caracterizando-se como um prefeito apagado. Isso tanto é verdade que o marketing da sua campanha se esmerou em mostrar tudo o que foi feito em Anápolis nos últimos 8 anos, período em que, na maior parte do tempo, foi Gomide quem administrou a cidade.
Quanto ao antipetismo, isso, sim, é verdadeiro, embora não tenha sido o último fator a derrotar João Gomes. No Brasil, hoje, ser petista é uma mancha, já que o partido passou a ser visto pela população como um valhacouto de de ladrões e incompetentes de toda espécie.