As seguidas manifestações de cordialidade entre as principais lideranças do PSDB e do PMDB – Marconi Perillo, Iris Rezende e Maguito Vilela – começaram, finalmente, a repercutir no campo político.
De simples aproximação administrativa, as declarações e encontros dos três políticos agora são interpretadas como os primeiros passos para um futuro acordo com desdobramento nas eleições de 2018. E eles estimulam esse jogo.
Marconi e Maguito são useiros e vezeiros em elogios mútuos e fotos escancarando sorrisos largos e abraços apertados. Iris, nesta semana, disse a O Popular que pretende ter uma “relação positiva” com Marconi e comemorou, assim como o tucano, o pacto extrajudicial para encerrar as pendengas judiciais entre eles (produto do bate-boca em época de campanha).
Mas, no PSDB e no PMDB, há quem não veja com bons olhos esse, digamos assim, ensaio de aliança futura – que, na prática, é muito difícil de vir a se concretizar, mas pode ser possível, sim, por que não? E quem não está gostando disso: simples, o vice-governador José Eliton, do PSDB, e o deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, ambos potenciais candidatos ao governo do Estado em 2018, mas sem chances nenhuma caso venha a prosperar um “acordão”.
Daniel já deu declarações, há poucos dias, repelindo com vigor o “acórdão”. Neste sábado, é a vez de José Eliton dizer, na coluna Giro, em O Popular, que a aproximação entre tucanos e peemedebistas limita-se ao campo administrativo, para o bem da população, e não deve gerar consequências políticas.
Ou seja: cada um fala de acordo com a sua própria visão de 2018. Marconi, Iris e Maguito estão incomodando – e muito.