Com o suporte financeiro de empreiteiras do mercado imobiliário, um grupo que está sendo chamado de G-16 entrou pra valer na eleição para presidência da Câmara Municipal de Goiânia. A denúncia de que as construtoras estão tentando influenciar o jogo foi feita por vereadores na tribuna do plenário da Câmara, na sessão ordinária desta terça-feira (27).
“Esse grupo que está propondo a renovação da Câmara Municipal está reunido com o setor imobiliário. Essa história de renovação é conversa pra boi dormir. São pessoas que pregam novas práticas políticas mas, ao mesmo tempo, comem no prato da especulação imobiliária”, acusou o vereador Djalma Araújo (Rede), que disputou a prefeitura de Goiânia neste ano e que não estará na Câmara no ano que vem.
A acusação foi ratificação pelo vereador Geovani Antonio (PSDB) que ligou a articulação do tal G-16 à influência do setor imobiliário na escolha do próximo comando da casa.
Já o reeleito Elias Vaz (PSB) lembrou do trabalho da Câmara na Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Pastas Vazias, em 2015, da qual foi presidente. “A CEI fez um trabalho exemplar de investigação dos processos no âmbito da secretaria de planejamento da Prefeitura de Goiânia, e levou a várias ações do Ministério Público, a partir de denúncias impetradas pelo colegiado. Isso com certeza deve ter incomodado algumas pessoas”, disse.
Geovani, que foi relator da CEI das Pastinhas, também defendeu a atuação do colegiado contra as irregularidades do setor imobiliário. “O trabalho realizado pela CEI desvendou a realidade da influência do setor imobiliário em Goiânia, mas mostrou também que esta Casa não fica acuada frente a situações de irregularidades”, rebateu.