Goiânia volta hoje 50 ou 60 anos no tempo, com a posse de Iris Rezende, aos 83 anos, na Prefeitura Municipal.
De todos os prefeitos de capitais que assumem neste domingo, Iris é disparadamente o pior de todos: não tem projeto, não conseguiu sequer montar um secretariado decente, compartilha ideias encarquilhadas sobre o mundo e é uma espécie de político antimoderno e arcaico, hoje fortemente agarrado à religiosidade mais atrasada que o sol cobre.
Enquanto por todo o país os prefeitos que estão assumindo anunciam cortes e medidas de contenção de gastos, Iris até agora não formulou um único conceito ou uma medida qualquer. Só para ficar em um exemplo: no Rio, o prefeito Marcelo Crivella assumiu na manhã deste domingo precedido por uma edição extra do Diário Oficial, com mais de 60 decretos para a organização da nova administração carioca.
Iris, não. Ele, mais do que nunca, está assumindo o Paço Municipal com base na crença de que a sua predestinação divina e a sua suposta experiência – na verdade, uma lanterna na popa, apontando para práticas do passado que não servem mais para os dias de hoje – serão suficientes para a administração da capital.
Podem apostar, leitores: não vai dar certo. Ele é antigo demais.