Em artigo publicado pelo site Ermira, que se propõe a ser um laboratório de jornalismo, a ex-editora-chefe de O Popular e hoje jornalista autônoma Cileide Alves relaciona o “histórico de polêmicas” que marca a trajetória do novo secretário de Cultura da Prefeitura de Goiânia, Kleber Adorno.
Cileide Alves cita dois casos emblemáticos, de grande repercussão, que envolveram Kleber Adorno. O primeiro é o processo penal a que ele responde, por integrar um esquema que desvio R$ 1,3 milhão de reais na própria Secretaria Municipal de Cultura, que ele já comandou em gestões passadas de Iris Rezende (na verdade, são 2 processos, um penal e um cível, para ressarcimento do dano ao erário).
Segundo a jornalista, em um inquérito com 27 volumes e mais de 7 mil páginas, a polícia constatou que Kleber Adorno e uma quadrilha formada por servidores da pasta desviaram grande quantia em dinheiro pressionando artistas e fornecedores que recebiam recursos da Prefeitura a contratar empresas superfaturadas para a realização de eventos. Artistas recebiam bem menos que os cachês apresentados nas prestações de contas. A apuração transformou-se em uma denúncia do Ministério Pública, aceita pela Justiça, que corre até hoje. Valor desviado: R$ 1,3 milhão.
Outra “polêmica” apontada por Cileide Alves é o célebre caso da tese de doutorado apresentada por Kleber Adorno à Universidade Federal de Goiás, barrada pela própria banca examinadora sob a acusação de plágio. Kleber tentou se justificar, alegando erro de digitação, mas o argumento foi rebatido e ele acabou retirando a tese. O episódio teve grande repercussão na comunidade acadêmica e ganhou várias reportagens em O Popular.