A Secretaria Municipal de Comunicação transformou-se no troféu mais cobiçado da estrutura administrativa à disposição do novo prefeito de Goiânia, Iris Rezende.
Devido ao conflito sangrento pela sua posse, a pasta foi preenchida em caráter provisório por Iris, que nomeou interinamente o ex-conselheiro de Contas Paulo Ortegal enquanto procura uma solução para acomodar os vários grupos que disputam a vaga, um deles, inclusive, formado pela sua mulher Iris Araújo e sua filha Ana Paula.
Segundo o Jornal Opção, dona Iris e Ana Paula querem a nomeação do jornalista Filemon Pereira, o Filé, que fez carreira à sombra de políticos peemedebistas e esteve nas últimas campanhas do velho cacique.
O outro grupo é liderado por Jorcelino Braga, o ex-secretário da Fazenda e todopoderoso do governo Alcides Rodrigues, que se julga especialista em comunicação. Braga trabalha pela indicação de um funcionário da sua produtora, a Kanal, e secretário geral do seu partido nanico, o PRP, Gercyley Batista. Diz o jornal que Braga aceitaria a nomeação de outro protegido seu, Célio Campos, que trabalhou com ele na Sefaz alcidista, ou até mesmo, em último caso, ele mesmo, Braga, se disporia ao “sacrifício” de assumir o cargo.
Por trás da briga, um detalhe da maior importância: muito embora o ex-prefeito Paulo Garcia tenha apregoado aos 4 ventos que não investiu em publicidade e por isso chegou ao fim do seu mandato com a imagem na lona, a verdade é bem diferente. O petista legou a Iris uma verba anual de R$ 50 milhões e 5 agências pré-contratadas para gastar esses recursos, sem necessidade de licitação.
É ouro puro.