Depois de 13 dias de espera, os antigos aliados do prefeito Iris Rezende (PMDB) sentem o gosto amargo da decepção com o anúncio dos nomes que vão ocupar as últimas secretarias vagas na prefeitura de Goiânia. Iris deixou de lado velhos companheiros e abrigou “forasteiros” que não pediram voto para ele na eleição do ano passado. A ciumeira é generalizada.
A mais recente fornada de auxiliares tem, por exemplo, Luiz Felipe Gabriel para secretaria de Comunicação. Luiz Felipe esteve alheio à campanha de Iris para prefeito e, no fim das contas, ocupou espaço que era cobiçado pelo jornalista Filemon Pereira (assessor de imprensa do prefeito) e pelo grupo político do publicitário Jorcelino Braga.
Tem também Alexandre Magalhães, que em 2014 disputou o governo do Estado pelo PSDC e fez duros ataques a Iris no primeiro turno, acusando-o, entre outras coisas, de privilegiar a Qualix, empresa de coleta de lixo, e pagar R$ 16 milhões para ela às vésperas de deixar a prefeitura. Alexandre será o presidente da Agência de Turismo e Lazer (Agetul).
O novo secretário municipal de Educação é Marcelo Ferreira da Costa, que foi superintendente executivo da Secretaria Estadual de Educação na gestão do governador Marconi Perillo (PSDB). Mais especificamente subordinado ao ex-secretário Thiago Peixoto, que deixou a pasta em 2014.
Há também Macxuwell Novais Ferreira, novo titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, classificado pelo vereador Jorge Kajuru (PRP) como “mais marconista que a primeira-dama Valéria Perillo”, e o vereador Felisberto Tavares (PR), que pediu votos para Delegado Waldir (PR) na eleição para prefeito de Goiânia.
Em detrimento ao amplo espaço dedicado aos “forasteiros”, Iris terá de conviver com a insatisfação de amigos. Jorcelino Braga, por exemplo, ficou sem um quinhão significativo na prefeitura. O PDT do vereador Paulinho Graus espera até agora – e vai continuar esperando – um convite para participar do secretariado. Entre outros exemplos.