Um bom planejamento, é óbvio, deve se escorar sobre uma base de dados confiáveis e que estejam disponível não só em forma de informações agregadas, mas também relativizadas e em inter-relação com outros setores da realidade que se tenta abordar.
No caso de Goiás, essa base de dados simplesmente não existe – pelo menos em padrões insuspeitos. O que pode ser encontrado são elementos que retratam a economia e a sociedade estadual, mas isoladamente e ainda assim com imperfeições que em muitos casos comprometem a avaliação final.
Considerados isoladamente, dados sobre a economia, por exemplo, podem induzir a erros de visão comprometedores. O governo do Estado, tentando contornar esse problema, criou e implantou o Instituto Mauro Borges, que, no entanto, não avançou nada e preferiu se acomodar no levantamento e exposição de referências e fatos estáticos, com muito pouco ou quase nenhum dinamismo (que seria estabelecido pelo cotejo entre os números).
Os candidatos que quiserem, de verdade, produzir planos de governo consistentes e que tenham algo a oferecer como perspectiva para os goianos, precisam se atentar para a insuficiência das bases de dados hoje acessíveis sobre Goiás.