Os deputados do PMDB na Assembleia Legislativa, que hoje constituem a vanguarda do partido em Goiás, se esforçam para estabelecer alguma pressão sobre o prefeito Iris Rezende no sentido de levá-lo a substituir a cientista médica Fátima Mrué, na Secretaria municipal de Saúde, por um gestor qualificado da área.
Nenhum dos deputados estaduais peemedebistas – José Nelto, Bruno Peixoto, Paulo Cezar Martins, Lívio Luciano e Waguinho Siqueira – tem, digamos assim, coragem pessoal para enfrentar Iris e colocar objeções à continuidade de Mrué na Saúde municipal, mesmo diante do evidente caos que tomou contar do setor. Mas eles dispõem de um canal para externar suas “preocupações”: dona Iris Araújo, que mantém relacionamento com eles, mesmo porque é candidata a deputada federal e pretende absorver a todos em suas “dobradinhas”.
Há preocupação com o mau desempenho da secretária Fátima Mrué porque, acreditam os parlamentares estaduais, as eleições governamentais em 2018 oferecem uma chance inédita para que o PMDB vença, diante da crise de imagem que eles enxergam no governo do Estado e de fragilidades que identificam na candidatura do vice José Eliton. Como principal vitrine do partido, a prefeitura de Goiânia não pode persistir mergulhada na crise sem precedentes que se instalou na prestação dos serviços de saúde, os mais importantes para a maioria da população goianiense, conforme repetidamente comprovado em pesquisas, sob pena de comprometer a campanha do candidato peemedebista em 2018.