Os primeiros seis meses de mandato de Iris Rezende (PMDB) como prefeito de Goiânia foram marcados por crises graves. O caos traduziu-se em reprovação de 40% (índice alto), de acordo com pesquisa do instituto Paraná divulgada nesta terça-feira. Veja os principais episódios que marcaram os últimos meses de Iris.
Greve na Educação
A paralisação de professores e servidores administrativos começou no dia 6 de maio e terminou no dia 23 do mesmo mês. O movimento exigia pagamento do piso salarial dos administrativos, data-base imediata de professores, regularização no repasse de adicionais dos funcionários e ajustes no Plano de Carreira. Pouco foi atendido por Iris e ele ainda cortou o salário dos grevistas. A discussão continua na Justiça.
Maternidade Dona Iris quase fechada
Iris decidiu desmontar a maternidade Dona Iris. Desde o final de maio, a Organização Social que administra a unidade (Fundahc) estimula servidores a pedirem desligamento por conta própria. Caso não o façam até julho, serão demitidos. A carga horária de praticamente todos os médicos, enfermeiros e técnicos já foi reduzida e nada indica que o desmonte vá parar por aí.
Denúncias de supersalários na Comurg
O tempo passa e não surge alma viva que ouse mexer nos supersalários pagos aos marajás da Comurg – algo que se perpetua há pelo menos 20 anos. São absurdos casos como o do ex-presidente da companhia, Ormando Pires, cujo salário fixo é de R$ 2.394, mas que recebe quinquênios que elevam o provimento a R$ 21.690. Iguais a ele há vários diretores do órgão.
Esquema de corrupção na Agetul
Investigações indicam que a organização criminosa aproveitava-se da dificuldade de monitoramento dos valores referentes aos ingressos dos parques, pagos sempre em dinheiro nas bilheterias, e atuava de dois modos principais: caso os bilhetes já utilizados fossem descartados de forma intacta, eram reaproveitados e “vendidos” novamente. Se os bilhetes fossem rasurados ou rasgados, fazia-se uma duplicação e reimpressão desse ingresso, devolvendo para o caixa, para contabilização do dinheiro a menos. Nos dois casos, os valores com a segunda venda dos ingressos ficavam com o grupo. Estimativas iniciais apontam que a organização desviava cerca de R$ 60 mil por fim de semana de funcionamento, o que resultava em aproximadamente R$ 3 milhões por ano somente no Parque Mutirama.
Cabide de emprego para candidatos derrotados em 2016
Iris transformou a prefeitura em um enorme cabide de emprego para candidatos a vereador que foram solapados nas urnas em 2016. Destaque para os queimadíssimos Célia Valadão e Mizair Lemes Júnior, que hoje desfrutam de sombra e água fresca no Paço.
Arboricídio no setor Pedro Ludovico
Iris mantém uma prática que rendeu severas críticas ao seu antecessor, Paulo Garcia (PT): a de destruir o meio ambiente para as patrolas passarem. Não passa pela cabeça do prefeito a ideia de conjugar desenvolvimento com respeito pela natureza. Para o BRT, por exemplo, Iris exterminou 300 árvores na avenida Quarta Radial, no setor Pedro Ludovico. O concreto cada vez mais predomina na cidade.