O deputado federal Daniel Vilela (PMDB) já percebeu a jogada – até certo ponto, inocente – do senador Ronaldo Caiado (DEM) e de seu grupo de apoiadores para fragilizá-lo dentro do PMDB: defender o uso de pesquisas quantitativas como critério para escolha do candidato de oposição a governador em 2018.
Só se Danielzinho for bobo para cair nessa. Caiado está com o triplo da pontuação do deputado em qualquer levantamento de intenção de voto que se faça hoje no Estado e o cenário dificilmente irá mudar até o início da disputa, a não ser que alguma tragédia aconteça.
Quem está no meio político sabe, no entanto, que isto não quer dizer absolutamente nada: lembremos do que aconteceu com Celso Russomano na eleição para prefeito de São Paulo em 2012, com Demóstenes Torres, em 2006, na eleição para governador, e com Delegado Waldir em 2014. Largaram na frente como favoritos, mas derreteram porque o que tinham era apenas recall de eleições passadas. Não representavam o que o eleitor queria naquele momento.
Se o PMDB decidir que quantitativas serão o critério utilizado, é a morte política de Daniel. Sua postulação ao governo será sepultada e este blog aposta que ele dificilmente construirá circunstâncias favoráveis dentro do partido para concorrer ao governo no futuro. As cicatrizes que ficarão desta briga serão difíceis de contornar.