Eduardo Machado, ex-presidente nacional do PHS, não esteve no encontro da Frente de Oposição em Jaraguá, no último sábado, mas mandou representante para reafirmar o seu apoio a Caiado. Um dia antes, ele e o senador foram juntos bate na porta do gabinete do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para sensibilizá-lo e convencê-lo a manter Eduardo no comando do PHS.
Em resumo: Caiado tentou usar o seu mandato para influenciar um ministro do Supremo e manter, na presidência do PHS, uma pessoa suspeita de corrupção. O senador colocou o seu prestígio de paladino da moral a serviço de um suspeito de maracutaia.
Que coisa, não?
ENTENDA O CASO
A comissão de ética do Partido Humanista Solidariedade abriu uma investigação para apurar várias denúncias de irregularidades que vão de contratação de empresas de família, notas frias, acumulo de função, contra Eduardo Machado, que exercia a função de presidente do partido.
O estatuto do partido prevê que sempre que houver uma investigação aberta contra qualquer membro, ele será afastado de sua função, seja ela qual for, para a apuração dos fatos. Não aceitando a decisão do partido, Eduardo iniciou uma disputa judicial em que o mesmo insiste em expulsar do partido a comissão de ética que o investigava, toda a diretoria e todos os diretórios do partido.
O ministro Gilmar Mendes solicitou ao juiz competente da 22ª vara, Mário Henrique de Almeida, que desse um parecer de quem está realmente certo. Desesperado com a decisão do ministro do TRE, Gilmar Mendes, Eduardo pediu para que o senador Ronaldo Caiado solicitasse uma audiência com o ministro Gilmar Mendes, para tentar intervir em seu favor em uma decisão judicial.