A promotora Villis Marra afirma ter provas que garantem que o Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego) pagou uma parte da multa imposta pela Justiça ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares no caso do Mensalão, no qual ele foi condenado à prisão. A multa foi de R$ 467 mil.
A denúncia foi feita por professores do próprio sindicato na Superintendência da Polícia Federal no ano passado. A “vaquinha” teria sido coordenada pela então presidente do Sintego, Iêda Leal. Estes professores dizem que Iêda repassava dinheiro para eles e, então, eles mandavam a grana para uma conta da Caixa Econômica Federal indicado pela presidente.
Depois que foi alcançado o valor da multa fixado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Delúbio esteve no Sintego para agradecer. As professoras também dizem que a cúpula do Sintego, toda filiada ao PT, também colabora com outros integrantes do alto escalão do partido. As denúncias também comprometem a então tesoureira do sindicato, Bia de Lima.
O Ministério Público acredita que Iêda e Bia cometeram crimes de peculato, falsidade ideológica e organização criminosa.
Aspas da promotora Villis Marra: “Fica claro que a utilização era de dinheiro do sindicato, do Sintego, para bancar a vaquinha do ‘seu’ Delúbio Soares, para pagar multa do ‘seu’ Delúbio Soares, e isto está muito claro pela investigação. Os documentos apontam neste sentido, as declarações das testemunhas, as próprias pessoas assumiram que fizeram isso e dão riqueza de detalhes que confirmam que isto realmente ocorreu”.
Confira.