A direção do parque Mutirama – ou pelo menos a empresa contratada para fazer a reforma do parque, em 2011 – sabia que o eixo do brinquedo Twister estava danificado antes mesmo de ele quebrar. Desde 2011, para ser mais exato. É o que descobriu a investigação comandada pelo delegado Izaías Pinheiro, da Polícia Civil.
O problema foi descoberto por uma exame de raio X no brinquedo, que constatou porosidade inadequada na peça. A informação foi dada à polícia pela proprietária da empresa Jovitec Inspeção, Viviane de Moura. Ela foi contratada pela empresa de São Paulo que fazia a reforma dos brinquedos, a Astri.
Izaías afirma que, com o depoimento de Viviane, aumenta o número de pessoas que serão responsabilizadas pela tragédia. “Além destas pessoas que já estavam definidas como sendo responsáveis pelo que aconteceu, abre o leque para esta empresa de São Paulo (Astri). Ou seja: o proprietário e o engenheiro também serão indiciados”.
Viviane de Moura disse ainda que o problema no eixo do brinquedo foi comunicado à empresa de SP. Mesmo assim, nenhuma providência foi tomada. A prefeitura de Goiânia pagou a Astri, na época, R$ 172 mil pelas intervenções no brinquedo. De acordo com as investigações, a empresa foi criada apenas para fazer a reforma do Mutirama e foi extinta logo após a obra.