O GBrasil informa, nesta sexta-feira, que o governador Marconi Perillo tem o apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do prefeito de São Paulo, João Doria, e do senador Aécio Neves (MG) para ser ungido presidente nacional do PSDB. A escolha acontece em dezembro. “Marconi só não será eleito se não quiser”, diz o site.
Confira o texto na íntegra:
O governador de Goiás, Marconi Perillo, que alimenta o sonho de ser Presidente da República, está perto de dar um passo importante para a realização do seu projeto político. Ele é o favorito para assumir o comando do diretório nacional do PSDB, posição que deve alçá-lo, em definitivo, à condição de protagonista na conjuntura do País.
Marconi só não será investido na função de presidente do PSDB se não quiser. Ele já conta com o apoio dos três nomes mais importantes da legenda: o senador Aécio Neves; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; e o prefeito de São Paulo, João Doria. É provável que deste triunvirato saia o presidenciável tucano em 2018. Como presidente do PSDB, Marconi conduzirá o processo de escolha.
O fato de ter sido escolhido por Aécio, Alckmin e Doria como mediador do debate que hoje movimenta o partido diz muito sobre a reputação que o governador de Goiás construiu, que é a de um político com credibilidade e ponderado. Além de ser um aliado leal, que sempre manteve posições francas e que é companheiro.
Mas não foi só a amizade com Aécio, Alckmin e Doria que colocou Marconi na posição-chave que hoje ocupa no PSDB. Ele tem quatro mandatos de governador e tirou Goiás de uma situação de atraso feudal em que se encontrava antes de 1998. Transformou-se numa das principais vitrines do tucanato.
Marconi acabou com o assistencialismo barato que existia no Estado e fundou as bases dos programas sociais modernos, que inclusive serviram de modelo para Bolsa Família, do ex-presidente Lula. Revolucionou a prestação de serviços, com o Vapt Vupt, elevou os hospitais públicos de Goiás a um padrão de excelência até hoje único no Brasil e investiu em infraestrutura como nenhum outro governador antes dele, fazendo com que o PIB do Estado chegasse aos atuais R$ 165 bilhões. Goiás hoje tem a nona economia do País.
Vale ressaltar também que Marconi lidera o Fórum de Governadores do Brasil Central, grupo de líderes de sete Estados, dos mais variados matizes ideológicos (Flávio Dino, do PCdoB do Maranhão, é o maior exemplo), mas que não divergem ao reconhecer o poder de trabalho e de articulação do tucano.
A escolha do próximo presidente do PSDB acontece em dezembro. Mas Marconi rechaça a hipótese de assumir o diretório nacional do partido antes de abril, mês em que se desincompatibiliza do governo e cede a cadeira de chefe do Executivo para o vice, José Eliton. Isto, no entanto não o impede de conduzir o debate entre alckmistas, aecistas e doristas nos bastidores. Algo que, aliás, já está fazendo há algum tempo.