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A Comissão Especial de Inquérito (CEI) criada na Câmara Municipal de Goiânia para investigar suspeitas de irregularidade nas contas da prefeitura nos últimos nove anos se encerra na sexta-feira, com apresentação do parecer do relator Jorge Kajuru (PRP). Em que pesem os graves indícios de atos ilícitos que o relatório deve apontar, é real a possibilidade de a CEI encerrar os trabalhos sem ouvir os dois principais investigados: o prefeito Iris Rezende (PMDB) e o ex-prefeito Paulo Garcia (PT).
Morto há quase dois meses, Paulo não prestou esclarecimentos enquanto podia. Iris, por sua vez, rejeitou todos os convites feitos pela Comissão. Para escapar do interrogatório, enviou secretários que, a bem da verdade, contribuiriam pouco para as diligências. Houve casos em que até os representantes ignoraram a CEI, a exemplo de Fátima Mrué, secretária de Saúde, que faltou à sessão marcada para ouvi-la no dia 11 de setembro. Quem depôs na ocasião foi o superintendente de Vigilância em Saúde, Robson Azevedo, ou seja: o representante da representante.
Na tarde desta terça-feira, deve chegar à Câmara mais uma remessa de documentos no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Kajuru reclamou, durante a sessão ordinária, do envio de dados apenas no apagar das luzes da Comissão. A apresentação do parecer acontece na sexta-feira à tarde.