O senador Ronaldo Caiado, do DEM, também mostrou a cara no horário nobre da televisão em Goiás, nesta quinta-feira, estrelando as pílulas partidárias de 30 segundas previstas na legislação eleitoral.
E o que se viu?
Ora, Caiado foi o mesmo Caiado de sempre. Cara dura, sorriso irônico, dentes cerrados, xingatório raivoso e uma denúncia sem a menor sustentação na realidade: segundo ele, o sistema de saúde bancado pelo governo estadual – ou seja, a rede de hospitais públicos – estaria mergulhada no caos.
Basta consultar os jornais, edições dos últimos anos, para ver que, graças à iniciativa inovadora de transferir os hospitais estaduais para as organizações sociais, não há filas, não se conhecem pacientes sem atendimento, não há caos, não há nada a não ser o bom funcionamento da rede – que é visitada regularmente por comitivas de outros Estados, em busca de bons exemplos para resolver os problemas da saúde em suas respectivas áreas de atuação.
Caiado, candidato a governador, não falou em nenhuma ideia, mesmo genérica, para o futuro de Goiás. Outros dois governadoriáveis, o vice-governador José Eliton, do PMDB, e o deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, também estrelaram pílulas na noite desta quinta, e falaram de “propostas”, embora pelo ângulo do retrovisor. Zé Eliton pretende continuar fazendo o que foi feito nos últimos 20 anos enquanto Daniel Vilela irá mais longe e retornará aos tempos do PMDB pré-1998, quando Marconi Perillo derrotou Iris Rezende pela primeira vez.
Estamos mal.