As pílulas do PSDB no horário nobre da televisão, na quinta, surpreenderam ao trazer imagens do vice-governador José Eliton, candidato definido da base aliada do governador Marconi Perillo nas eleições de 2018, abraçando velhinhas, beijando criancinhas e suando em cenas onde abraça e cumprimenta sorridente pessoas do povo.
Segundo a coluna Giro, em O Popular, neste sábado, o objetivo das pílulas seria “apresentar uma liderança próxima da população”.
Ou seja: em vez de apresentar ideias e propostas para o futuro de Goiás e para melhorar a vida dos goianos, os marqueteiros de José Eliton – que insistem em chamá-lo de “Zé” – preferem apostar no apelo a supostas emoções e sentimentos, que eles certamente acreditam ser evidentes em abraços e beijinhos, para massificar o candidato e buscar a adesão ao seu nome.
Há mais de 20 anos que a estratégia de divulgação de cenas demagógicas de “proximidade com a população” deixou de ser usada para caracterizar a aceitação popular dos políticos: abraçar velhinhas e beijar criancinhas, em especial, são atitudes que o eleitor enxerga com desconfiança , espírito crítico e em muitos casos até com desprezo.
José Eliton, um advogado de formação racionalista, muito preparado do ponto de vista técnico, deveria trilhar o caminho da reafirmação das suas boas peculiaridades porque jamais será “consumido” pelo eleitorado como um líder popular e carismático, coisa que não é nem será – aliás que nos livremos desse tipo de gente pelo bem do nosso Estado e do nosso país. Políticos carismáticos são uma… desgraça.
No novo Brasil, o marketing tradicional, que embala políticos para vendê-los à população como sabão em pó, está morto. Mas, em Goiás, tem gente que ainda não entendeu essa realidade.