É rolo que não acaba mais na prefeitura de Goiânia.
O novo capítulo de corrupção que envolve a administração municipal diz respeito à compra de semáforos. Investigação conduzida pelo vereador Elias Vaz (PSB) aponta graves indícios de superfaturamento nos contratos. Elias vai além e diz que há provas de que crimes foram praticados.
De acordo com o vereador, valores praticados em 2014 e 2016 chegam a ser quase o dobro do que foi pago por outras cidades. É o caso do porta-foco veicular (estrutura que comporta o semáforo).
Goiânia pagou R$ 2,2 mil em 2016 e, no mesmo ano, Rio Verde contratou o grupo focal, que é o kit completo, por R$ 1,1 mil. A aquisição dos componentes separados foi outra diferença observada no levantamento. “Quando compra só o porta-foco ainda é necessário que se adquira os leds, que custam média de R$ 200 cada. No caso do semáforo comum, são três, um para cada cor. Nos outros Estados que pesquisamos, a compra é do grupo focal”, disse Elias ao jornal O Popular.
Mesmo sem comparar com outros estados, o estudo da comissão especial entende que é possível identificar o sobrepreço praticado nos contratos. O vereador cita a aquisição de placas educativas e de orientação. Em 2014 foram adquiridas três mil unidades ao preço de R$ 1,5 mil cada. Dois anos depois, na compra de 1,1 mil placas, o município pagou R$ 699. “E nós tivemos o cuidado de analisar as especificações técnicas do edital e elas são exatamente as mesmas”.
Para o vereador e presidente da CEI, a investigação mostrou que as relações de contrato da SMT são muito frágeis e que a Capital tem sido vítima de um superfaturamento comprovado. “Uma das formas que conseguimos observar isso é analisando o próprio mercado. Produtos e serviços contratados aqui em Goiânia custam muito mais do que o ofertado para outras cidades brasileiras”.