A Polícia Civi pediu o indiciamento de três pessoas em função da tragédia que aconteceu no Mutirama, em Goiânia, no dia 26 de julho deste ano, quando o eixo do brinquedo Twister quebrou e deixou 13 feridos. O engenheiro Alfredo Rosendo Coelho foi indiciado por lesão corporal grave por dolo eventual – quando há intenção de cometer o crime. O presidente da Agência Municipal de Lazer e Turismo (Agetul), Alexandre Magalhães, e o supervisor do parque, Wanderley Alves Siqueira, foram indiciados por lesão corporal culposa.
O inquérito, comandado pelo delegado Izaías Pinheiro, foi finalizado na quinta-feira e entregue nesta sexta ao poder Judiciário. “Chegamos à conclusão de que o engenheiro tinha o conhecimento da fissura que o brinquedo tinha neste eixo, que foi reformado em 2012. Inclusive, ele era também o responsável pela empresa que fez essa vistoria”, diz o delegado. “O indiciamento por lesão corporal na modalidade culposa foi porque houve omissão, já que o parque funcionava sem engenheiro responsável e mesmo assim eles liberaram o funcionamento. No entanto, todos responderão por lesão corporal multiplicado pelo número de vítimas”.
O inquérito não pede o indiciamento de gestores que trabalhavam no Parque durante o mandato do ex-prefeito Paulo Garcia porque, na opinIão do delegado, a responsabilidade é apenas de Rosendo – por se tratar de uma questão técnica. O engenheiro também trabalhou no parque em gestões passadas. Ao jornal O Popular, nesta sexta-feira, Alexandre Magalhães afirma que não pode comentar o caso porque ainda não foi notificado. “Mesmo assim, diz que recebe a notícia com tranquilidade”. O engenheiro Rosendo e o supervisor Wanderley não foram encontrados pela reportagem.