Em entrevista à rádio 730 na manhã desta quarta-feira, o senador Ronaldo Caiado (DEM) tenta recuperar o tempo perdido durante o período de recuperação das sequelas da queda de uma mula.
A estratégia do senador é clara: reagir às manobras do arquirrival Daniel Vilela na construção do fato consumado da candidatura a governador pelo PMDB.
Caiado insinua que só ele tem condições de vencer a eleição e de liderar o governo após 2018.
Veja matéria do Diário de Goiás a respeito:
O senador Ronaldo Caiado (DEM) retomou as atividades de forma regular após ter se recuperado de uma queda de uma mula em uma propriedade rural dele no interior do estado. Em entrevista à Rádio 730, o pré-candidato ao governo de Goiás defendeu união das oposições e que é um erro a fragmentação de candidaturas, fator que segundo ele é desejado por partidos da base aliada do governo.
Ele disse ainda que reconhece a importância que o PMDB teve na eleição dele para o senado em 2014, mas que neste momento é preciso analisar uma série de critérios para definição de candidatura.
Caiado afirmou que tem conversado com lideranças da oposição, mas também com integrantes da atual base governista. Ele ressaltou que se houver uma divisão na cúpula, haverá um desestímulo na base, ou seja na busca de votos para os cargos de deputado federal e estadual. Eu enxergo como candidato majoritário aquele que consegue aglutinar todas as tendências e no momento que você faz como uma coligação, como fiz com o PMDB em 2014. Você vota numa coligação e vai governar com as pessoas da coligação. Não podemos ter essa tese separatista na coligação”, afirmou.
Ao explicar sobre o fato de não ter pedido licença durante os 67 dias que ficou afastado por conta de uma queda de uma mula, o senador Ronaldo Caiado disse que não imaginava que tivesse grandes complicações. Ele declarou que se tudo ocorrer bem, o suplente dele que é o ex-deputado estadual, Luís Carlos do Carmo (PMDB) terá quatro anos de mandato.
Caiado declarou que a oposição estará unida no processo eleitoral. Ele relatou que os partidos não podem cometer erros do passado. O parlamentar não declarou se ele poderá recuar em uma candidatura. Ele afirmou que as lideranças não podem ser insensíveis a um projeto coletivo.
“Manter candidatura de qualquer jeito com a experiência política que tenho, com a vivência que tenho, nós temos que entender que não cabe a mim dizer o que cada partido deve fazer. Essa hipótese não conto com ela, ela não está no meu radar. Não existe essa hipótese de não ter unidade na oposição. Ela não está dentro do que manda o bom manual da política, da conciliação, da unidade, de critérios. É um trabalho que precisamos de avançar nele. Não é entregarmos de bandeja que é uma posição que é aquilo o governo quer ouvir de nós hoje que é que cada partido lance seu candidato ao governo. Eles vão bater palma, comemorar, fazer uma grande festar no palácio. Nós não podemos mais uma vez atestar esta falta de sensibilidade com nossas lideranças do interior, prefeitos, vereadores e líderes políticos que anseia a nossa chegada ao governo para verdadeiramente respaldá-lo nas ações políticas de seu município. Eu não acredito que depois de tantos anos não tenhamos amadurecido a ponto de sentar para convergir uma candidatura de acordo com critérios”, declarou. (Do Diário de Goiás)