Texto publicado no site GBrasil (clique aqui para acessar)
É delicada a situação do senador Ronaldo Caiado (DEM): apesar de ser líder em todas as pesquisas de intenção de voto para governador, ele corre o risco de derreter porque, a apenas 9 meses da eleição, ainda não construiu um palanque consistente no interior de Goiás. Corre risco de ter aliados fortes apenas na Capital.
Situação bem diferente vivem os seus dois adversários. O vice-governador José Eliton (PSDB) conta com um amplo espectro de prefeitos aliados – são mais de 200 marchando ao seu lado. O deputado federal Daniel Vilela (MDB) por sua vez, tem pouco mais de 30 prefeitos. O número, se considerado o universo de 246 municípios, é pequeno, mas o seu MDB ainda é o maior partido em número de filiados no Estado, segundo dados recentes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O exército de Caiado não conta sequer com os 10 prefeitos que o DEM elegeu em 2016, já que destes, três migraram para o ninho governista. O único avanço dele – que tem lá a sua importância – foi conquistar já na largada o apoio de pelo menos oito pequenos partidos, que juntos vão garantir um tempo razoável na televisão, durante o horário eleitoral gratuito.
Mas o senador sabe que é pouco. Por isso, as suas investidas sobre o MDB – e contra Daniel – estão cada vez mais agressivas. Nesta semana, ele deu a senha para os prefeitos emedebistas Adib Elias (Catalão), Paulo do Vale (Rio Verde) e Ernesto Roller (Formosa) constrangerem Daniel na imprensa. O jogo está sendo jogado e o senador move a suas peças o mais rápido que pode. Ele joga contra o relógio.