O ex-vereador Paulo Borges (MDB), que entrou para história como político mais enrolado da história de Goiânia, circulou na Câmara Municipal nesta quarta-feira. E visitas têm sido frequentes.
Paulo protagoniza escândalos há muitos anos. Como diz o adágio popular, está mais enrolado que rabo de porco. Confira, abaixo, alguns dos episódios que mancharam sua carreira.
Veja:
Comdata
Entre 2001 e 2002, o vereador, então no PPS e presidente da Companhia de Processamento de Dados de Goiânia (Comdata), teria contratado, sem licitação, uma empresa de São Paulo para imprimir os carnês dos impostos, serviço que teria sido superfaturado em R$ 180 mil. Na mesma ocasião, a Comdata teria pago à Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) R$ 1,7 milhão para instalação de um call center no órgão. O valor real pelo serviço não passava de R$ 900 mil.
Acúmulo de salários
Paulo também foi arrolado em ato que pede condenação por improbidade administrativa porque o vereador acumulou salários pagos com dinheiro público, o que é terminantemente proibido. No período de julho a outubro de 2004 ele teria se licenciado da Comdata, onde entrou por concurso, para se candidatar, mas continuou recebendo os proventos mensais de R$ 12 mil pelos anos seguintes, com liberação do registro de frequência.
Casa caiu
Em 2012, a promotoria levantou a suspeita de que ele havia programado a doação de casas do programa Minha Casa, Minha Vida de modo a favorecer suas ambiciosas pretensões eleitorais.
Propina
Em 2013, Paulo recebeu a visita de agentes da Polícia Civil na sua residência, no setor Bueno, antes do nascer do sol. Foi arrolado como suspeito na Operação Jeitinho, que investigou a cobrança de propina para empresários interessados em licenças ambientais da prefeitura. O vereador foi levado à força para prestar esclarecimentos. O caso ainda não transitou em julgado.
Morte de garoto
Paulo Borges colocou a Câmara em evidência neste ano ao participar de um acidente automobilístico que matou um jovem motociclista de 20 anos na porta do seu prédio, próximo ao Parque Areião. O episódio foi marcado por uma sucessão de lambanças do vereador. Primeiro: ele estava no carro da prefeitura, o que é ilegal e inaceitável. Segundo: o carro fez um retorno proibido quando atingiu o garoto. Terceiro: Paulo fugiu do local sem prestar socorro à vítima para não ter seu nome envolvido no caso, segundo delegada que apura o caso. Paulo e o assessor dele, jornalista Thiago Vieira, que também fugiu, podem ser indiciados por homicídio culposo e pegar até quatro anos de cadeia.