O segundo dos 13 Cais de Goiânia analisados na série “Saúde que temos”, produzida pelo Goiás 24 Horas com informações da Ordem dos Advogados do Brasil, é o da Vila Nova. Lá, representantes da OAB-GO descobriram que vacinas básicas deixaram de ser aplicadas em crianças e bebês porque a administração do prefeito Iris Rezende (MDB) não consegue manter uma geladeira no local.
“A absurda falta de insumos básicos também mostra grave risco à saúde pública. Por vezes não são encontradas sequer vacinas imprescindíveis ao atendimento público infantil, já que a unidade não é dotada de aparelho de refrigeração destinado à preservação de material biológico, sendo que por vezes se improvisa a guarda de tais vacinas que no final do dia são novamente recolhidas para serem levadas a um depósito adequado quanto à refrigeração das mesmas”, reporta o relatório da OAB.
O Cais Vila Nova é cenário recorrente de reportagens de emissoras de TV sobre a superlotação nas unidades de atenção básica do município. Uma das razões da superlotação, segundo a Ordem, é a exaustiva demora para entregar resultados de exames elementares. O que poderia ser despachado em 20 ou 30 minutos leva mais de 4 horas para ser concluído pela equipe do local.
Na Vila Nova os representantes da OAB constataram problema igual ao que expõe pacientes a risco de contaminação no Cais de Campinas (já abordado em nossa série): a falta de ventiladores e de condicionadores. O ar não circula no local plenamente habitado por doentes, para felicidade de vírus de bactérias.
Para 45,45% dos pacientes ouvidos pela OAB, o estado de conservação dos equipamentos disponíveis é ruim. Para 18%, a limpeza do local deixa a desejar. O tempo de espera por atendimento extrapola o aceitável para 45%. E este mesmo percentual diz que não foi examinado pelo médico na consulta.