Texto publicado no site GBrasil (clique aqui para acessar)
As movimentações do ex-secretário Vilmar Rocha (PSD) têm incomodado aliados muito próximos. Neste grupo está o também ex-secretário e deputado federal Thiago Peixoto, hoje o único parlamentar federal de Goiás do partido desde que Heuler Cruvinel foi para o PP de Alexandre Baldy, justamente por conta do voo solo e isolado de Vilmar em direção à oposição. Thiago tem começado a se posicionar contra as atitudes do correligionário.
Vilmar, que é presidente regional do PSD em Goiás, tem se declarado publicamente contra a aliança do partido em 2018 com o governador José Eliton (PSDB) e com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Mais do que declarações públicas e entrevistas onde expressa apenas sua opinião pessoal, o ex-deputado também tenta trabalhar nos bastidores para que a legenda deixe a base aliada.
O grande problema de Vilmar é o isolamento. Em busca de conseguir a fórceps uma vaga na chapa majoritária do Senado, que é seu grande sonho, ele tem desconsiderado o que seus correligionários pensam. O PSD participou dos dois últimos governos de Marconi Perillo e se estruturou na base de apoio. Aliás, o próprio Vilmar é aliado de longa data do tucano. Agora, em busca da realização de um sonho particular, ele quer rasgar e queimar esse passado.
O projeto de Vilmar tem encontrado rejeição do topo até a base do PSD. Não concordam com negociações com o MDB de Daniel Vilela ou o DEM de Ronaldo Caiado nem Thiago Peixoto e nem os deputados estaduais do partido: Francisco Júnior, Lucas Calil e Simeyzon Silveira. Estes dois últimos, recém-chegados ao partido, só se filiaram acreditando na aliança do partido com a base. Caminhar com o grupo de Eliton e Marconi é também o desejo da maioria de prefeitos e vereadores do partido em Goiás.
Pessoas politicamente mais próximas de Vilmar acham estranho o comportamento quixotesco do presidente do PSD. Estranham o egocentrismo e o egoísmo de uma figura pública que sempre disse se pautar pelo desejo da maioria. Estranham, mais ainda, o fato do ex-deputado estar tentando dar as costas ao grupo da pessoa que o impediu de cair no ostracismo político e ao qual ele declarou milhões de vezes que jamais trairia: Marconi.