O presidente regional do MDB e pré-candidato a governador Daniel Vilela requereu ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Carlos Escher, acesso aos questionários usados pelo instituto Serpes para informar os números da pesquisa para governador que foram publicados neste domingo no jornal O Popular.
A movimentação do MDB ocorreu horas depois de o próprio instituto reconhecer que errou ao não colocar o procurador de Justiça Demóstenes Torres (PTB) entre as opções de segundo voto para o Senado.
Segundo a nota, o MDB, a decisão foi tomada depois que “houve um erro na coleta eletrônica e processamento dos dados” e que levou à divulgação do cancelamento do resultado divulgado para o Senado. “O partido resolveu averiguar se não houve problemas semelhantes com os demais questionários”, disse o partido, em nota.
VEJA ÍNTEGRA DA NOTA DO MDB:
“O diretório estadual do MDB protocolou nesta segunda-feira (11) petição ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Carlos Escher, requerendo os questionários respondidos da pesquisa eleitoral do Instituto Serpes, publicada no último domingo. Após o próprio instituto anular os resultados das perguntas sobre 1ª e 2ª intenção de voto na disputa pelo Senado, sob a justificativa de que houve um erro na coleta eletrônica e processamento dos dados, o partido resolveu averiguar se não houve problemas semelhantes com os demais questionários.
“O fato é que a pesquisa toda ficou sob suspeição após constatado um erro crasso no que diz respeito à disputa ao Senado, cujo levantamento de 1º e 2º voto acabou sendo anulado. Então queremos conferir se a coleta eletrônica de dados não foi incorreta também nos demais questionários”, afirma o ex-vereador Agenor Mariano, pré-candidato ao Senado pelo MDB. “Existem divergências nesta pesquisa em comparação a alguns levantamentos muito recentes do próprio instituto, inclusive os que não foram divulgados, e vamos checar se trata-se de uma questão metodológica ou de algum problema com a coleta e o processamento dos dados”.
O pedido se deu com base na Resolução 23.549/2017, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determina que “os partidos políticos e as coligações poderão ter acesso ao sistema interno de controle, à verificação e à fiscalização de coleta de dados das entidades e das empresas que divulgarem pesquisas de opinião relativas aos candidatos e às eleições, incluídos os referentes à identificação dos entrevistadores e, por meio de escolha livre e aleatória de planilhas individuais, mapas ou equivalentes, confrontar e conferir os dados publicados, preservada a identidade dos entrevistados.”
O MDB também protocolou no TRE uma representação eleitoral por divulgação divergente daquela exigida por lei, que determina prazo mínimo de 5 dias para publicação após registro da pesquisa. A multa pode chegar a R$ 106 mil.