Vem aí um novo capítulo da guerra entre o prefeito Iris Rezende (MDB) e os servidores públicos da prefeitura de Goiânia. Após hesitar, o emedebista decidiu enviar para Câmara de Vereadores o pacote de maldades que altera o regime previdenciário da Capital.
O projeto que chega ao Legislativo na próxima semana não acolhe nenhuma linha da contra-proposta apresentada pelos sindicatos da categoria ao prefeito, que insistirá no aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%.
Será o segundo embate relacionado a este assunto em dois meses. No primeiro, a pressão do funcionalismo sobre os vereadores funcionou. O projeto (que já previa o reajuste na alíquota) foi arquivado antes mesmo de chegar ao plenário, ainda na Comissão de Constituição e Justiça.
Os servidores argumentam que não é justo jogar no colo deles a conta de anos de desmandos e de ingerências políticas praticados nos três últimos mandatos de Iris e na gestão do seu afilhado, o já falecido Paulo Garcia (PT).
Por saber que a chance de derrota é real, Iris ensaia uma espécie de plano B, que é transferir para o Instituto de Previdência (IPSM) áreas públicas avaliadas em R$ 1 bilhão e toda a receita proveniente da execução judicial de dívidas de contribuintes com o município.