O crescimento rápido e consistente do governador José Eliton (PSDB) na preferência do eleitorado goiano acendeu a luz amarela nos QGs de Ronaldo Caiado (DEM) e Daniel Vilela (MDB). O alerta ficou mais claro nos últimos dias com a decisão simultânea do democrata e do emedebista de voltarem suas artilharias contra o tucano e a sua administração. Os sinais mais consistes de desespero vêm de Daniel e seu entorno, que adotaram a estratégia de atacar também o senador.
Os petardos dos adversários do governador tucano, porém, esbarraram na aprovação e no avanço da gestão, na coesão da base e na resposta rápida dos governistas. Dessa forma, na toada da curva ascendente do governador, os aliados do governador comemoram o momento positivo de Eliton.
“O governador está mostrando seu trabalho e a população vê isso. O resultado é o aumento nas intenções de voto que vemos nas pesquisas e que a oposição não esperava que fosse tão consistente”, avalia Giuseppe Vecci, deputado federal que preside o PSDB de Goiás, sobre a motivação do incômodo da oposição. O experiente deputado federal Roberto Balestra (PP) também avalia que a boa gestão e performance de Eliton nas pesquisas são a causa da movimentação antecipada do senador Caiado e do deputado Daniel, já de olho em outubro. “Ninguém joga pedra por acaso, não é?”, frisa.
A ascensão de Eliton incomodaria, principalmente, porque vem acompanhada de queda de patamar dos opositores nos levantamentos. “Na política, você não pode crescer e retroceder nas pesquisas; um ponto que você cai, você já desequilibra. Caiu, já preocupa, aí começa a ter que correr e começa a jogar pedra”, ensina. Balestra diz que Eliton, ao contrário, ao subir, tem estimulado os aliados, e esquentado o clima. “Traz segurança para as pessoas continuarem na luta”.
O deputado estadual Simeyson Silveira (PSD) lembra que o afobamento da oposição tem levado ao descrédito, e evidenciado manobras eleitoreiras. Ele cita o factóide criado por Caiado, quando criticou empréstimo junto a CEF. “Ficou ruim para o próprio senador, não para o governo. Ficou notório que ele estava fazendo um trabalho contra a ação do estado para fazer obras para a população”, pontuou. A conclusão é que faltou coerência. “Qualquer crescimento dentro do processo eleitoral incomoda, é natural, principalmente porque estamos às portas da campanha”, avalia.
O também deputado estadual Virmondes Cruvinel (PPS) identifica que o trabalho eficiente de José Eliton para fortalecer seu grupo político é também refletido no crescimento nas pesquisas. “A oposição ataca, mas muitas pessoas hoje não querem mais este perfil de ataques, querem pessoas que tenham serviço prestado, que tenham diálogo”, disse. “Então, apesar de observar um tom de desespero da oposição, não é por aí que se faz política. Isso é política de baixo nível. E José Eliton tem se mostrado acima disso, e leva a disputa para um tom mais propositivo”, diferenciou.