Após passar anos sem dar a mínima para Goiás, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tenta se reaproximar do Estado na expectativa de emplacar sua pré-candidatura a presidência da República. Sem força no próprio MDB e criticado por nomes do partido, Meirelles amarga sua baixa popularidade e os respingos da rejeição do presidente Temer em todo Brasil.
Nos últimos dias, um vídeo publicitário do ex-ministro está circulando nas redes sociais. Em ritmo de campanha eleitoral, Meirelles fala que sempre teve orgulho de Goiás, mas colocou a culpa no “destino” por seu afastamento do Estado. De volta, ele tenta usar o povo goiano para mais uma vez tentar emplacar um projeto pessoal, o palácio do Planalto
Por inúmeras vezes, o ex-ministro teve a oportunidade de ajudar no desenvolvimento de Goiás, mas em todas elas fracassou ou nem tentou contribuir com o Estado. Muito pelo contrário. Eleito o deputado federal com maior número de votos em 2002 por Goiás, Meirelles renunciou ao cargo um ano depois sem ao menos dar satisfação ao eleitor goiano.
O fato é que o ex-ministro da fazenda nunca se preocupou com os interesses públicos de Goiás. Tanto é que mudou seu domicílio eleitoral de Goiás para São Paulo com a ambição de ser candidato à prefeitura da cidade.
Como ministro da Fazenda participou e defendeu ativamente as negociações da reforma trabalhista, que segundo ampla maioria dos brasileiros foi um dos maiores retrocessos para a classe baixa do país. O ministro também defendeu, mas não conseguiu avançar, a reforma da Previdência.
A tentativa em se aproximar do eleitorado goiano é uma estratégia de Meirelles em ampliar os míseros 1% que tem apresentado nas intenções de votos para Presidência da República. Porém, o ex-ministro vai ter que trabalhar e se esforçar muito mais para limpar a barra com o cidadão.
A rejeição do presidente Michel Temer está fortemente vinculada à economia. Segundo levantamento do Datafolha, 82% dos entrevistados consideram a administração do atual presidente ruim ou péssima. Entre eles, 51% apontam a gestão na economia como principal fator de descontentamento. Com isso, o projeto de Meirelles corre risco de naufragar definitivamente.