Os primeiros nomes da equipe do senador e governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) são ilustres desconhecidos, não apenas em Goiás como no cenário nacional. Os forasteiros não têm expressão técnica mesmo em seus Estados de origem e, em diversos casos, têm históricos de atritos com as estruturas públicas e privadas a que pertenciam.
Em outras palavras, são nomes politicamente fracos e sem brilho próprio. Em que pese o risco da decisão, quem conhece o estilo de Caiado sabe que as características em questão não são aleatórias: o governador quer o controle total das áreas, mas mais do que isso: quer os holofotes todos para si mesmo, comandar pessoalmente as áreas, transformando os auxiliares em meros despachantes e impedindo que eles exerçam a liderança.
Grandes líderes não temem a concorrência, muito ao contrário. Os grandes líderes formam outros líderes, evidentemente leais, mas exercendo o comando natural para que busquem, unidos, o resultado. Como no futebol, em que os grandes técnicos não abrem mão de ter craques em seus times.