A legião de estrangeiros anunciada pelo senador e governador eleito Ronaldo Caiado para o primeiro escalão do Governo de Goiás está fadada a repetir o mesmo fiasco dos outros secretários forasteiros de governos anteriores. Todos duraram pouco, criaram crises e atritos com servidores e formuladores em suas áreas e deixaram um rastro de destruição por onde passaram.
A lista de fracassos é extensa, inclusive recente. Na Fazenda, Ana Carla Abrão Costa e Simão Cirineu. Na Segurança Pública, Joaquim Mesquita. Na Celg, Ênio Branco. Distantes da realidade política e econômica de Goiás, não conseguiram sair da mesmice, não se sentiam obrigados a fazer a interlocução com servidores e parlamentares, e acabaram perdendo as conquistas dos antecessores.
Na Fazenda, Fernando Navarrete e Manoel Xavier tiveram de entrar em cena para consertar os estragos. Na Segurança, Irapuan Costa Júnior. Na Saneago, José Carlos Siqueira e Jalles Fontoura. Isso para a citar os exemplos mais recentes e emblemáticos.
No governo de Ary Valadão, do final dos anos 1970 e início dos 1980, Sinval Boaventura ficou nacionalmente conhecido pelos atritos com o vice-governador Ruy Brasil. As investidas políticas e administrativas de Boaventura sobre o vice acabou rendendo a ele a pecha de homem do general linha-dura Golbery do Couto e Silva, criador do Serviço Nacional de Informações (SNI).