Com temperamento forte, a futura primeira-dama Gracinha Caiado e Anna Vitória Caiado já estão mostrando a que vieram na gestão do governador eleito Ronaldo Caiado (DEM). Elas travam uma guerra surda e complexa de influência sobre o demista e os caiadistas já fazem apostas sobre dias muito difíceis na condução do governo.
Os Caiado esperaram literalmente uma vida inteira pelo desembarque no Palácio das Esmeraldas. São 24 anos desde a derrota de Caiado no primeiro turno das eleições estaduais de 1994. A Gracinha está reservada, a princípio, a presidência de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), um cargo representativo, já que a instituição é gerida por uma Organização Social (OS) comandada por um diretor-geral indicado pelo governador.
Para Anna Vitória estaria reservado um assento no primeiro escalão. A filha de Caiado é citada para a Casa Civil e para a futura Secretaria de Comunicação, recriada a partir da fusão do Grupo Executivo de Comunicação (GCom) e da Agência Brasil Central (ABC).
Nos bastidores, aliados afirmam que Gracinha disputa muito mais espaço do que a simples figura decorativa de primeira-dama. Ela interfere na condução da gestão e a possibilidade de Anna Vitória assumir a gestão de imagem do governador eleito teria desagradado profundamente a mulher de Caiado. Na era digital, com forte apelo das redes sociais, mais do que nunca a comunicação estabelece grande proximidade com o poder – e, portanto, intensa disputa pelo espaço.
Na ala do MDB que apoia Caiado, o comentário é que, depois de Dona Gracinha e Anna Vitória, Dona Iris e Ana Paula, mulher e filha do prefeito Iris Rezende (MDB), vão ser lembradas com carinho e saudades.