Pelas inúmeras promessas que fez, Ronaldo Caiado criou no servidor estadual uma expectativa gigantesca. Porém, o que era euforia virou depressão em apenas um mês. Duas categorias sentiram bem na pele a mão pesada de Caiado: policiais militares e professores. A começar pelo atraso proposital do salário de dezembro. O governador poderia muito bem ter pago a dívida, mas ficou enrolando e ainda quer pagar parcelado.
Na Educação, Caiado fechou escolas, mexeu na carga horária de coordenador e só começou a pagar o vale-alimentação porque foi pressionado pela categoria. Com a Polícia Militar, a mão de ferro caiadista foi ainda mais pesada. Promessa mais famosa da campanha, a tal unificação da classe de soldado não aconteceu. Caiado extinguiu a terceira classe, mas manteve a segunda e a diferença salarial continua existindo.
Além disso, o tempo de promoção ficou longo. Como mostrou o 24Horas, quem era soldado terceira classe e foi promovido a segunda classe, vai demorar 10 anos para se tornar cabo. Ou seja, mesmo que Caiado seja reeleito em 2022, ele não vai conseguir promover ninguém.