Os anos de 2020 e 2021 foram atípicos para, literalmente, todo o mundo. Surpreendendo governos e trabalhadores, a pandemia disseminada pela Covid-19 travou a economia global e gerou uma reação em cadeia que ainda não vê data para acabar.
No Brasil, além de sistemas de saúde e hospitais ficarem sobrecarregados, vários setores econômicos sofreram demissões, endividamentos e falências de empresas, consequências que logo seriam seguidas por alta da inflação e aumento no índice de desemprego.
Um dos setores mais atingidos foi o de eventos, justamente um dos mais produtivos do país, movimentando cerca de R$ 270 bilhões por ano e responsável por 4,32% do PIB. De acordo com a Agência Brasileira dos Promotores de Eventos, 97% do setor ficou paralisado no ano de 2020, resultando em 350 mil eventos cancelados, ao passo que em 2021 o número subiu para 530 mil.
Ainda assim, embora extremamente fragilizados, alguns promotores e organizadores conseguiram manter a cabeça acima da água e também contribuíram com ações sociais. Um exemplo é Israel Bessa, da Bessa Eventos e Empório Boi Prime. Casado e pai de três filhos, Bessa percebeu a dificuldade de muitas famílias e decidiu realizar campanhas de arrecadação de cestas básicas, roupas, alimentos e itens essenciais para a contenção da pandemia, como álcool gel, máscaras e aventais doados para hospitais. Uma das ações foi direcionada a músicos desempregados e suas famílias, quando ajudou a arrecadar 700 cestas básicas e mais de mil litros de leite.
Em 2022, movido pela complicada situação do Brasil, Israel anuncia sua pré-candidatura a Deputado Estadual em Goiás.
Sobrinho de Divino Bessa, ex-prefeito de Bom Jesus de Goiás, e Isberia Toledo, ex-vereadora de Itumbiara, Israel cresceu com a política já próxima da família. O empresário revela, porém, que nunca havia cogitado a vida política até então, e que os últimos dois anos foram muito importantes para sua decisão. “Nunca me passou pela cabeça seguir a vida pública, mas vejo que o momento chegou. Nosso setor foi o mais prejudicado, os primeiros a fechar e os últimos a abrir. Além disso, nossos governantes se perderam ao longo dessa crise humanitária, sem apresentar respostas e tampouco um plano eficaz para conter a Covid-19”, diz Israel, já indicando que pretende se colocar como uma opção de renovação nas eleições deste ano.