Nesta quinta-feira (21) o governador de São Paulo/SP, João Dória (PSDB), anunciou sua saída do governo de São Paulo para concorrer à presidência. Doria decidiu ler no discurso de despedida. Ao se lembrar dos pais, chorou. Em um tom de desafio mandou um recado para Bolsonaro: “a ditadura militar não precisa ser lembrada, mas condenada”. Relembrou trechos de uma carta que seu pai, João Agripino da Costa Doria, ex-deputado federal pelo Partido Democrata Cristão, cassado pelo primeiro Ato Institucional da ditadura de 64, que na época foi obrigado a ir para o exílio: “aprendi a aceitar os desafios e enfrentar as adversidades com meu pai e minha mãe”, afirmou, Doria.
O tom da campanha veio quando o governador de São Paulo voltou a alfinetar o governo federal ao falar do combate a Covid-19: “corremos atrás da ciência e da vacina para salvar vidas, diferente do governo negacionista de Bolsonaro”, relembrou. Em outro momento disse que seu governo criou o projeto para fornecer absorventes íntimos às alunas de baixa renda, “valorizamos as mulheres, porque lugar de mulher é onde ela quiser estar” se posicionou outra vez contra o presidente Bolsonaro.
Eleições
João Doria afirmou que o Brasil não quer nem Lula e nem Bolsonaro. Defendeu a união e o consenso, “embora seja muito difícil”, disse ao passar o governo de São Paulo para Rodrigo Garcia, seu vice, que assume no próximo dia 2. “Pelos meus erros como governador, peço desculpas, pelos meus acertos, cumpri minha obrigação” disse Doria ao manter sua pré-candidatura à presidência.