Bandeirantes- A senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH), disse que relatos sobre crianças que supostamente tiveram dentes arrancados para não morderem exploradores durante sexo oral foram ditos por moradores do Marajó e regiões de fronteira do Brasil.
“Essa coisa de que as crianças, quando saem, saem dopadas e os seus dentinhos são arrancados onde elas chegam a gente ouve nas ruas, na fronteira. Na CPI, lá atrás, já se falava de que forma essas crianças são traficadas. Elas ficam dopadas por 24 horas. Elas são levadas em caixas, sacos. Todo mundo, na fronteira, fala”, disse Damares, em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira (13).
Na última terça-feira (11), o Ministério Público Federal requisitou todos os casos de denúncias recebidas pelo MDH, em trâmite ou não, nos últimos sete anos (2016-2022), envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis. Também foi solicitado que a pasta informe quais medidas tomou após tomar conhecimento das denúncias ditas por Damares na igreja.
Já o Ministério Público do Pará, na última quarta-feira (12), deu um prazo de cinco dias para Damares enviar todas as provas dos crimes contra menores citados no Marajó. O MDH, porém, disse que as falas da senadora eleita se embasam em inquéritos e em CPIs sobre exploração sexual infantil e pedofilia.