A conta pelas medidas eleitoreiras de Bolsonaro podem chegar antes da hora. As revelações feitas pelo Ministro Paulo Guedes sobre o novo plano econômico é uma pedra no sapato do presidente Jair Bolsonaro (PL) e um presente de campanha para Lula (PT).
Sem dar detalhes sobre os acordos políticos já feitos para garantir a aprovação da proposta, Guedes disse que o texto deve ser apresentado ao Congresso logo depois do 2º turno das eleições. Segundo o ministro, ao desindexar o reajuste do salário mínimo à inflação será possível gerenciar melhor o orçamento.
A informação sobre o plano econômico, que na prática poderia congelar o reajuste dos benefícios e diminuir ainda mais o poder de compra da população, veio à tona a partir de reportagem da Folha de S. Paulo divulgada pela manhã. Segundo o periódico, a proposta estabelece que o salário mínimo e os benefícios previdenciários “deixam de ser vinculados à inflação passada […] a nova regra considera a expectativa de inflação e é corrigido, no mínimo, pela meta de inflação”.
Isto poderá afetar diretamente o salário mínimo e a aposentadoria no país. Para o deputado federal André Janones, chegou a hora de pagar a conta pela torneira aberta por Bolsonaro durante as eleições.