O senador Ronaldo Caiado está a mil por hora para montar uma CPI no Congresso que seja capaz de fazer uma devassa no BNDES. Nos últimos anos, durante os governo de Lula e Dilma, o banco público se notabilizou por conceder empréstimos vultosos para grandes corporações privadas.
Um dos que mais captaram dinheiro do BNDES foi o grupo JBS Friboi, da família do empresário Júnior Friboi. A expansão internacional da empresa só foi possível graças aos empréstimos generosos do BNDES, muitos deles colocados sob suspeita pela oposição.
Caiado vai em cima disso. Quer averiguar cada empréstimo.
Veja o depoimento de Caiado em suas redes sociais:
Comecei a coletar assinaturas para a CPI do BNDES no Senado e para a CPI Mista para investigar empréstimos suspeitos concedidos pelo banco. Lamentavelmente, o BNDES deixou de ser um banco de fomento econômico e social para ser financiador dos amigos do rei. Vejam o caso do JBS Friboi, que já denunciei várias vezes. O banco público concedeu mais de R$ 8 bilhões ao grupo que, não coincidentemente, foi o maior doador da campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Empréstimo que quando confrontado pelo TCU recebeu a resposta do BNDES de que as transações são sigilosas. Ora, quando há investimentos públicos o mínimo que se espera é transparência. Outro caso escandaloso foram os repasses a países, como Cuba, Equador e Venezuela. Para o porto de Mariel, na ilha dos irmãos Castro, o BNDES desembolsou R$ 1 bilhão. Mais uma vez, operação classificada como sigilosa. É absurdo o volume de recursos do Tesouro destinado ao BNDES, que tem financiado esse tipo operação suspeita, sem prestação de contas. De 2006 a 2014, o endividamento do BNDES com o Tesouro cresceu 4.800%. Como podem ver, há indícios mais que suficientes para uma CPI. A oposição que não dá trégua não vai se omitir diante do uso de órgãos públicos em nome de um projeto de poder.