O jornal O Popular vem prestando um grande serviço para a sociedade: com objetividade, o jornal está publicando uma série de reportagem desnudando a verdadeira face dos integrantes das instituições que deveriam defender os interesses públicos, mas se esbaldam com privilégios salariais e benefícios que até podem ser legais, porém imorais.
Primeiro, O Popular publicou várias reportagens sobre os promotores e procuradores que integram o Ministério Público Estadual. Ali, a farra de benefícios é um verdadeiro escândalo. Há diversas modalidades de auxílios – moradia, alimentação, compra de livros e por aí afora – e mecanismos criativos que permitem que os salários sejam inflados, como, por exemplo, o pagamento permanente de diferenças retroativas.
Nesta terça-feira, o jornal fala do Ministério Público Federal – onde, sob a liderança do procurador Hélio Telho, estão os principais autodenominados “paladinos da moralidade” em Goiás. Pois bem: no MPF, a orgia de vantagens incorporadas aos salários não é menor que no MPE. E com muitas “inovações”: os procuradores federais recebem, além do auxílio moradia, mais dinheiro dos cofres públicos para pagar a comida, a pré-escola das crianças e até uma ajuda quando nascem os filhos.
A desculpa é a mesma de sempre: os auxílios são legais, isto é, previstos em lei.