Será finalmente aberta da caixa de Pandora dos contratos entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o grupo JBS Friboi, que fizeram do conglomerado nascido em Anápolis o maior do mundo em processamento de proteína animal.
O Tribunal de Contas da União (TCU) cobra há meses acesso à papelada, mas a auditoria foi prorrogada porque o banco armou uma sucessão de barricadas jurídicas para limitar o acesso dos ministros à documentação.
O TCU já manifestou, em público, a suspeita de que há irregularidade nos contratos.
Estranho é o banco se negar a prestar informações relativas a transações feitas com dinheiro público.
Para o ministro relator da matéria, Luiz Fux, o direito ao sigilo bancário é relativizado quando envolve recursos públicos. “Quem contrata com o Poder Público não pode ter segredos, especialmente se a revelação for necessária para o controle da legitimidade do emprego dos recursos públicos”, disse.