Um processo judicial iniciado pelo promotor estadual Fernando Krebs acabou se transformando em um verdadeiro samba do crioulo doido – tudo a partir de uma ideia que não tem o menor fundamento, mas foi acolhida tanto pelo Ministério Público quanto pelo Poder Judiciário.
Trata-se do entendimento segundo o qual a plotagem dos carros da Polícia Militar não poderia ter cores, pelo menos predominantes, que se identifiquem com partidos políticos. O problema está em que, em suas logomarcas, os partidos políticos brasileiros utilizam praticamente toda a paleta de cores disponíveis.
Em 2012, o promotor Fernando Krebs entendeu que o azul e o amarelo na frota da PM faria alusão ao PSDB, partido do governador Marconi Perillo, que adotou essas cores. Krebs entrou com uma ação para que as viaturas policiais fossem plotadas com tons verde, vermelho e preto – que, segundo o promotor, seriam tradicionais da Polícia Militar. O verde, vermelho e preto substituiriam o verde, azul e amarelo estampado pela frota de mais de mil carros da PM, cores que, de acordo com Krebs, remeteriam ao PSDB.
Mas, ao julgar a ação, o juiz 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Ricardo Prata, viu nas cores propostas por Fernando Krebs, principalmente no vermelho e preto, uma conexão com outro partido político, o PMDB. E decidiu, em sentença promulgada há poucos dias, que as cores das viaturas devem ser o verde e o amarelo, que se identificariam com a bandeira de Goiás. Na prática, a frota policial já tem essas cores – o que torna a decisão irrelevante.
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